De ter que a todo momento interpretar papéis, de usar máscaras, de não poder ser quem realmente desejamos ser, simplesmente porque estamos num mundo de ilusões, ditado por mentes nada melhores que a nossa.
Que raio de vida é essa destinada a nós mortais desses tempos?
O que fazer quando percebemos claramente que o sistema está matando nossa essência, está nos consumindo nos fazendo morrer aos poucos.Como suportar a dor de saber que se está morrendo por dentro, e nada se pode fazer àquilo que é inevitável... simplesmente cansada.
Quando diante de todos os sonhos de outrora, tudo perde o controle, assim como a água escorre entre os dedos.A vida continua fria, desenfreada nos levando por caminhos sinuosos, tortuosos.
Quem há de ouvir o pranto saído do fundo de nossa alma... Deus... apenas, sabe o tamanho de nossa dor, o tamanho de nossa pequenez diante de tudo, porque somos humanos, fracos, cheios de dores e dúvidas... temores... desamores para conosco mesmos.
Devemos preparar o terreno de nossa própria cova, ao saber que estamos a caminho dela?
A fé moveu toda a raça até aqui, e será para todo o sempre?
E aquele que perde a esperança de ser realmente feliz?
Quando a filosofia na teoria já não mais adianta...
Quando a vida pede socorro... quem virá?... ninguém.
Apenas o vazio cortante dentro do peito, acompanhado da brisa fria e sombria que passa por nós, vinda dos escombros de um universo infinito.
Até onde vai as nossas forças para suportar o calor dessa vida infernal?
Pergunte-se: -Então, era só isso?
Não havia contos de fadas na vida, apenas a realidade nua, dura e crua...
E aí, que a grande maioria se perde... de si mesmo... dos seus sonhos... é aqui que a infância
passa a ser algo tão longínquo, distante... e a apagamos de nossa memória... afinal estamos ocupados demais... morrendo por dentro e por fora...
Era só isso?
Crescer... para viver só isso?
E depois partir desse mundo, assim sem mais nem menos.
Eis o mundo da dualidade: bem e o mal.Convivendo inseparadamente nesse mundo cruel.
Um tentando combater o outro... enquanto ficamos no meio dessa trilha de fogo.
Que os anjos nos ajudem a combater nossos demônios, porque aliás são muitos.
Uma guerra onde não podemos prosseguir sozinhos, porque precisamos de armas além-humanas.
Nossa alma reside ao infinito, mas nosso corpo reside aqui, no mundo físico dessa terceira dimensão.A pátria espiritual deixa saudades... vontade de voltar pra casa... deitar a cabeça no colo de mãe Maria... ouvindo sinfonia dos anjos...
O mundo definitivamente está em guerra, tanto no céu quanto na Terra, dentro e fora de cada um de nós.
Onde está o limite do humano, até onde podemos de fato ir?
Até onde suportar o caos em nós mesmos?
Acho que todos estamos simplesmente cansados... de um jeito ou de outro...
Presos, acorrentados ao mal que nós próprios criamos.E sujeitos as maldades de outros contra nós.
Salve Deus nossa condição de humanos miseráveis, que nem sabem da grande que possuem, mas que sabem duvidar, questionar, as decisões dele.
Quem dera poder ficar ali na minha casinha simples, no meio da floresta, cercada pela natureza, podendo comungar todos os dias com Deus e o universo acima de nossas cabeças, sem compromissos, sem horários, sem regras... e principalmente sem pessoas...
Apenas comtemplar o simples fato de existir no seio de nossa terra... respirar o ar puro... olhar o céu e as estrelas... ouvindo o som das águas que passam pelo córrego... ouvindo o coração bater e descompassar pela simples emoção se sentir vivo... e também por descobrir a fonte eterna do puro amor... sem pré conceitos humanos, mas apenas divinos... que está muito além de nossa compreensão... O que Deus espera de nós... e o que nós esperamos dele...
Esperamos na promessa dele feita outrora para nós... e em especial pra mim mesma.
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