sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Mais uma grande lição
Eu até nem queria mais tocar nesse assunto, mas diante daquilo que diz, que o exemplo vale mais que mil palavras, vamos lá.
Todo mundo sabe hoje em dia sobre o poder que as palavras têm. E claro que eu também sei disso.
Mas tive a infelicidade de não colocar em prática esse conhecimento.
A questão foi a seguinte, num dia desses matei um pernilongo e comentei perto de meus filhos o quanto ele tava cheio de sangue. O menor ouviu e começou a fazer uma série de caretas engraçadas falando: sannngue! Foi muito engraçado aquela cena. E assim ele ficou dias brincando com isso.
Diante das cenas ilárias que se seguiam, criei uma história infantil muito bonitinha inspirada no que o pequeno estava fazendo. O título seria: O diário do menino monstro. Uma história engraçada onde um menino falava aquilo o tempo todo e a mãe nada entendia sobre o misterioso comportamento do filho. Era certo, eu ia começar um livro infantil a partir dessa ideia, já estava tudo pronto em minha mente.
E lá veio a vida mais uma vez me provar por A+B que a lei realmente funcionava, não que eu não soubesse, mas veio justamente me mostrar o quanto às vezes somos distraídos com essas coisas.
Passaram-se mais alguns dias, e continuamos a rir das cenas cômicas que o pequeno protagoniza enquanto repetia incessantemente aquilo de sannngue!
O resultado não poderia ter sido pior!!
Há poucos minutos de pegar no sono, ele simplesmente caiu da cama e quando fui socorrê-lo não é que ele tava uma poça de sangue! Trágico, terrível o desenrolar das cenas que se seguiram após o ocorrido.
Me senti terrivelmente culpada, pois foi eu quem incentivara aquela brincadeira, até então, dada como inocente.
Passamos por uma cena torturante, pois ele teve que dar alguns pontos na cabeça. Situação essa totalmente desnecessária, pois ele jamais deveria ter passado por aquilo, não merecia...
Ainda no hospital pensei em por fogo no papel onde havia escrito aquela história, e olha que ela tinha ficado tão bem escrita... mas fiquei pensando se publicá-la não continuaria trazendo coisas ruins para outras crianças.
Na dúvida, não a publiquei, achei mais sensato. Me pergunto como pude ser tão tolamente distraída que não percebi o que estava a ponto de realmente acontecer? A princípio aquelas eram apenas palavras, mas a todo momento carregadas de impressões emocionais. Era fato, era óbvio! Afinal, as palavras realmente tinham Poder!
Hoje o pequeno tá bem, e já sabe mostrar para os outros o que é ter ponto na cabeça... uma pena que tudo tenha terminado assim. É nessas horas que a gente aprende como dói um coração de mãe quando algo de ruim acontece a seus filhos.
Espero tomar mais cuidados da próxima vez que surgir qualquer brincadeira idiota, ainda que engraçada.
Que esta história sirva realmente de lição. E que nós possamos entender que a teoria sem a prática não é nada...
Todo mundo sabe hoje em dia sobre o poder que as palavras têm. E claro que eu também sei disso.
Mas tive a infelicidade de não colocar em prática esse conhecimento.
A questão foi a seguinte, num dia desses matei um pernilongo e comentei perto de meus filhos o quanto ele tava cheio de sangue. O menor ouviu e começou a fazer uma série de caretas engraçadas falando: sannngue! Foi muito engraçado aquela cena. E assim ele ficou dias brincando com isso.
Diante das cenas ilárias que se seguiam, criei uma história infantil muito bonitinha inspirada no que o pequeno estava fazendo. O título seria: O diário do menino monstro. Uma história engraçada onde um menino falava aquilo o tempo todo e a mãe nada entendia sobre o misterioso comportamento do filho. Era certo, eu ia começar um livro infantil a partir dessa ideia, já estava tudo pronto em minha mente.
E lá veio a vida mais uma vez me provar por A+B que a lei realmente funcionava, não que eu não soubesse, mas veio justamente me mostrar o quanto às vezes somos distraídos com essas coisas.
Passaram-se mais alguns dias, e continuamos a rir das cenas cômicas que o pequeno protagoniza enquanto repetia incessantemente aquilo de sannngue!
O resultado não poderia ter sido pior!!
Há poucos minutos de pegar no sono, ele simplesmente caiu da cama e quando fui socorrê-lo não é que ele tava uma poça de sangue! Trágico, terrível o desenrolar das cenas que se seguiram após o ocorrido.
Me senti terrivelmente culpada, pois foi eu quem incentivara aquela brincadeira, até então, dada como inocente.
Passamos por uma cena torturante, pois ele teve que dar alguns pontos na cabeça. Situação essa totalmente desnecessária, pois ele jamais deveria ter passado por aquilo, não merecia...
Ainda no hospital pensei em por fogo no papel onde havia escrito aquela história, e olha que ela tinha ficado tão bem escrita... mas fiquei pensando se publicá-la não continuaria trazendo coisas ruins para outras crianças.
Na dúvida, não a publiquei, achei mais sensato. Me pergunto como pude ser tão tolamente distraída que não percebi o que estava a ponto de realmente acontecer? A princípio aquelas eram apenas palavras, mas a todo momento carregadas de impressões emocionais. Era fato, era óbvio! Afinal, as palavras realmente tinham Poder!
Hoje o pequeno tá bem, e já sabe mostrar para os outros o que é ter ponto na cabeça... uma pena que tudo tenha terminado assim. É nessas horas que a gente aprende como dói um coração de mãe quando algo de ruim acontece a seus filhos.
Espero tomar mais cuidados da próxima vez que surgir qualquer brincadeira idiota, ainda que engraçada.
Que esta história sirva realmente de lição. E que nós possamos entender que a teoria sem a prática não é nada...
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